terça-feira, 5 de outubro de 2010

Britânicos na Era dos Assassinos modernos

Tortura e morte de bebê abrem debate sobre rede social britânica





Juri só viu imagens de computador das agressões ao 'Bebê P'
O caso de um bebê de 17 meses que foi brutalmente assassinado depois de ser submetido à tortura chocou a Grã-Bretanha e abriu um debate sobre o papel dos assistentes sociais no país.
A criança – identificada como "Bebê P", pela polícia – morreu no dia 2 de agosto de 2007 no distrito de Haringey, no norte de Londres, mas os detalhes do caso só vieram à tona neste ano, com o julgamento dos culpados.

A autópsia revelou que o bebê foi usado como um "saco de pancadas" e que teve a sua coluna e oito de suas costelas quebradas.

Apesar das constantes agressões ao bebê durante meses, os assistentes sociais que visitavam a casa duas vezes por semana não perceberam a gravidade do caso e não impediram a sua morte. Um médico não teria percebido, um dia antes da morte, que a coluna e as costelas do bebê estavam quebradas.

No julgamento, a mãe da criança, de 27 anos, declarou-se culpada de provocar a morte e receberá a sentença em dezembro. Nesta terça-feira, o namorado dela, de 32 anos, e um hóspede que morava com o casal e a criança, Jason Owen, 36, foram condenados pela morte.

A Justiça inocentou os assistentes sociais, que levaram uma advertência da subprefeitura de Haringey. Um relatório está sendo encomendado para determinar como o sistema de proteção de crianças está operando na Inglaterra.

Coluna e costelas quebradas

Durante o julgamento, o júri só viu imagens computadorizadas das lesões sofridas pelo bebê, porque as fotografias reais foram consideradas fortes demais.

Além da coluna e das costelas quebradas, o bebê tinha vários cortes e machucados, inclusive com parte de sua orelha rasgada. Algumas das suas unhas foram arrancadas e um de seus dentes foi encontrado no seu estômago.

Em setembro de 2006, a mãe disse ao seu médico que a criança "se machucava com facilidade". No mês seguinte, ela surgiu no consultório dizendo que o bebê havia caído de uma escada.

Em dezembro, em nova consulta, o médico constatou mais lesões no "Bebê P". Pediatras do hospital de Whittington disseram então que as lesões pareciam ser "não acidentais" e os assistentes sociais do distrito de Haringey foram acionados para acompanhar o bebê. A polícia começou a investigar o caso.

A mãe chegou a perder a custódia, mas reconquistou o direito de cuidar da criança em janeiro. O julgamento revelou que a polícia e os pediatras se opuseram à decisão, mas que os assistentes sociais argumentaram que a volta do bebê aos cuidados da mãe facilitaria a reintegração familiar.

A mãe também mentiu aos assistentes sociais que nenhum homem estava morando com ela.

O bebê voltou a ser levado ao hospital duas vezes, em abril e junho de 2007, com novas lesões.

Na última visita de um assistente social, poucos dias antes da morte, a mãe sujou o rosto do bebê com chocolate, para disfarçar as marcas de agressões. Uma investigação posterior revelou que em uma nova consulta médica, no dia anterior à morte, um médico do hospital St. Ann não detectou que o bebê estava com a coluna e as costelas quebradas.

Investigações

Uma investigação interna da subprefeitura de Haringey culpou um dos advogados do órgão, que decidiu não tirar a custódia da mãe. O advogado e dois assistentes sociais receberam advertências. A instituição disse que houve "vários exemplos" de boas práticas dos assistentes sociais durante o caso, mas muitas "fraquezas" na transferência de informação entre as partes prejudicaram o trabalho coletivo.

"O fato triste é que nós não conseguimos impedir pessoas que estão determinados a matar crianças", disse Sharon Shoesmith, do conselho de proteção das crianças de Haringey.

Em 2000, assistentes sociais do mesmo distrito de Londres também não conseguiram impedir o assassinato de outra criança que foi torturada.

Na época, um inquérito público foi aberto para identificar o papel de todos os envolvidos no caso da morte de Victoria Climbie. O relatório criticou a falta de comunicação entre as diferentes instituições e um fracasso "grosseiro e inexplicável".

Mor Dioum, diretor da Fundação Victoria Climbie, que foi criada após o caso, disse que o incidente envolvendo o "Bebê P" é ainda pior que a morte ocorrida em 2000.

Uma nova revisão do sistema de proteção às crianças na Inglaterra está sendo encomendada e deve ser conduzida pelo mesmo juiz que investigou o caso Climbie.

Acidente domestico ?

Menina de 4 anos morre presa em máquina de lavar


Máquina de lavar tinha os controles na frente
Uma menina de quatro anos de idade morreu depois de se prender dentro de uma máquina de lavar, que foi ligada por seu irmão, de apenas 15 meses.
Kaylee Ishii teria entrado na máquina – que tem abertura frontal – e fechado a porta, em sua casa, em Mission Viejo, Califórnia.

Seu irmão mais novo teria então apertado o botão de ligar, segundo informou a polícia local.

Os controles ficavam a cerca de 50 cm do chão e o menino pode ter apertado o botão acidentalmente, disse o porta-voz da polícia de Orange County, Jim Amormino.

“A mãe percebeu o incidente e tentou desesperadamente resgatar sua filha da máquina... eventualmente, ela conseguiu tirar a filha de lá e chamou uma ambulância”, disse Amormino à imprensa americana.

A menina foi levada para o hospital, mas morreu horas depois em conseqüência dos ferimentos.

Ainda será realizada uma autópsia para investigar a causa da morte, mas a polícia disse que possivelmente, o caso será fechado como um “acidente trágico”.